segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Retrospectiva Parte I

No ritmo de ano novo, vida nova,  nada melhor que uma retrospectiva de 2010, enquanto isso ainda for possível. Além, é claro, de pesar os acontecimentos para não cair nas mesmas lacunas, enquanto penso nisso, escuto no banheiro alguém trancado discutindo aquisições diversas com a namorada, seria cômico se não tirasse a concentração ;). Ou constrangedor, mas isso fica para outra hora.

No aeroporto (só para sair da rotina) o atraso da aeronave me deixa tempo para pensar na vida e escrever esse resumo, se essa atmosfera não fosse tão carregada ficaria melhor!

A ordem dos fatos é o maior abismo que encontro, ordem cronológica não é nem nunca foi ponto forte na minha natureza mas vamos lá.

Em 2010 parti o ano conhecendo a Bahia, mais precisamente a região conhecida classicamente como produtora de cacau: iléus, Ipiaú e Itagibá. Estadia de 1 mês a trabalho, amizades novas e uma amostra grátis do que me esperava após a formatura e a progressão tão aguardada de estagiário para engenheiro, trabalho bem feito, uma praia que vai ficar na memória, é hora de regressar ao berço para o último ato da graduação: a formatura. Todos preparativos dentro da expectativa e toda cerimônia também, exceto ter esquecido de agradecer no púlpito por todos momentos que passei e ainda vou passar com meu irmão desde quando ele usava fraldas. Terminada a festa e que festa! hora de ir para casa... Mas qual das casas? daqui seis horas o aeroposto me esperava, chegada do horário de verão, a cabeça meio atordoada e a partida do filho mais velho. Essas coisas pareciam meio surreais e tavez hoje continuem assim. Por vezes me sinto como um azarão que deu certo, a zebra da copa e por vezes me sinto no topo, na excelência e digo isso com propriedade pela dedicação em ser o melhor no ramo, mesmo que tenha descoberto esse ramo e a graduação por mero acaso! A vida chega a ser engraçada nesse ponto, como pode alguém escolher uma profissão por acaso? estudar seis anos e desse tempo, 4 se passaram na neblina? pois é foi assim comigo! Sei que a partida não foi fácil para ninguém, pessoas que amamos ficam, outras se vão. Infelizmente algumas se vão para sempre. Chegada em Curitiba, mais precisamente em quatro barras, hospedado em hotel, coisa estranha morar num quarto de hotel pra quem a vida toda morou num bairro pacato e numa casa isolada, sinto falta dos cachorros! No trabalho tudo é novidade, pessoas, rotinas regras e uma pá de números novos: matrícula, ramal, telefone e por aí segue.... a memória se esquiva um pouco. Coração apertado pela falta das pessoas que amo e a chegada da primeira viagem como funcionário, malas sempre prontas e rumo a terra da garoa, treinamento em março e a sensação gostosa da satisfação e de ver bons resultados do empenho desprendido!